Diante de nossas dificuldades cotidianas, sejam elas financeiras, profissionais, amorosas ou [INSIRA AQUI A CATEGORIA QUE NÃO OCORREU AO AUTOR], tendemos a ver essas celebridades como pessoas espertas e que venceram na vida. Ainda que eu prefira venceram no mundo. Daí a idolatrá-las é um pulo. E por idolatria não me refiro necessariamente a um quarto cheio de pôsteres e recortes de jornal. Pode ser uma idolatria discreta e silenciosa e a mais nociva: a idolatria do tipo “eu queria ter a vida desse cara”. 444mp
Mas será que queria mesmo? Aliás, será que Neymar Jr. quer ter a vida que ele tem e pela qual é tão irado/invejado? Pense no vácuo que não se pode preencher. Ou melhor, no vácuo insaciável, que consome todos os segundinhos da vida com a busca eterna pelo prazer. E outro e outro e outro. Pense no inável tédio do sucesso. Pense na sensação mórbida de não ter o que conquistar na vida. Imagine ter todos os aspectos da sua vida publicamente analisados. Eu posso não ser galinha, mas tenho pena.
Claro que, porque vivemos tempos em que o materialismo já está entranhado em nossa mentalidade, é comum pensarmos que a fortuna, o luxo, as facilidades e os prazeres superam o preço da fama e de todos os males que a acompanha. Mas será? E se o preço por tudo isso for, na verdade, a alma? Se bem que em tempos materialistas a alma não vale nada e a Eternidade é uma miragem de “fanáticos”. Quando não de “invejosos”.