O último concurso para o IAP foi realizado há 23 anos e o próximo edital tem por objetivo repor parte do quadro funcional. Desde 1992, o quadro de servidores do IAP reduziu de 1.178 para 520 servidores (dados de 2018), sendo que desse total, 95% possui entre 41 e 70 anos de idade. Além disso, 108 servidores do IAP já estão recebendo o chamado abono permanência, valor devido ao funcionário público que continua trabalhando após ter completado a idade e o tempo de contribuição para a aposentadoria.

Como estudar?

Com concurso autorizado e a organizadora definida, o grande desafio dos candidatos é adiantar os estudos e sair na frente da concorrência. O problema é que o último edital do IAP aconteceu em 1992 e sem um documento anterior em mãos para balizar os estudos, a estratégia se torna praticamente inviável.

Pensando nesta situação especial, o blog Concurseiros preparou, com o auxílio de uma equipe de especialistas em concursos públicos, um programa básico de matérias que podem ser estudadas antes da publicação do edital por candidatos de qualquer cargo de nível médio, técnico ou superior. Vale ressaltar que são apenas sugestões de estudo, levando-se em consideração a análise de editais de concursos que aconteceram nos últimos anos e, principalmente, as atividades desenvolvidas pelo Instituto Ambiental do Paraná.

Ficha Técnica
Concurso - Instituto Ambiental do Paraná - IAP
Status - Autorizado desde 30 de agosto de 2019
Organizadora - Instituto Brasileiro de Formação e Capacitação - IBFC
Vagas - 104 de nível superior e nível médio e técnico
Último edital - 1992 (veja abaixo)

Daniela Tatarin, Felipe Miranda, Marcio Hollweg, Daiane Soares e Thais Nunes Laskoski

Língua Portuguesa

Raramente há concurso sem Língua Portuguesa, nem de nível fundamental”, declara Daniela Tatarin, especialista em gramática e redação para concursos públicos. De acordo com a docente “o programa de língua portuguesa não varia de concurso para concurso, o que varia é a forma como uma determinada organizadora propõe uma questão”. A professora afirma que provavelmente o programa de português será igual para os cargos de nível médio e superior e sim, é possível que venha acompanhado de redação oficial. Para adiantar os estudos a recomendação é que “o candidato deve ter em mãos um programa de 2019 da mesma organizadora escolhida pelo IAP. Quando o edital for publicado será o momento de fazer os ajustes de conteúdo e aumentar a resolução de questões da banca escolhida”. A professora também reforça a importância da resolução de questões anteriores para o concurso do IAP. “É uma parte essencial da preparação, pois permite ao candidato ter contato com a linguagem da banca. Também é importante para perceber que, embora os conteúdos sejam os mesmos, a forma como as questões são elaboradas muda bastante de nível médio a superior”.

Direito Constitucional

O advogado e professor Felipe Miranda explica que “o candidato pode iniciar seus estudos apenas com uma pequena parte do texto da Constituição Federal de 1988 e eventuais súmulas vinculantes”. Ele destaca que um programa básico para um futuro servidor do IAP contemplaria os Direitos e Garantias Fundamentais previstos nos artigos 5º a 17, as regras básicas sobre a istração Pública (artigos 37 a 41) e, ainda, o artigo 225, que trata das normas constitucionais sobre o meio ambiente. O professor ainda ressalta que “é cada vez mais raro um edital de concurso não exigir noções de Direito Constitucional, seja nível médio ou superior, por isso é importante adiantar a preparação”.

Informática

De acordo com o especialista em concursos públicos Marcio Hollweg, “não é possível definir com precisão um programa de estudos para o concurso do IAP, embora provas com informática estejam cada vez mais frequentes em concursos públicos”. O professor ainda declara que “mesmo que o edital do IAP traga um programa de informática para todos os cargos, não é possível definir com exatidão o conteúdo, pois ele varia de acordo com o órgão e a organizadora”. Mesmo com tantas variáveis nesta matéria, o professor, a pedido do blog Concurseiros, definiu alguns tópicos abordados em concursos de nível médio e superior que poderão surgir no edital do IAP. São eles: Internet e Intranet (conceitos, serviços, aplicativos e protocolos); Segurança (conceitos, tipos de ataques e proteções); Aplicativos de Escritório (MSOffice 2010 e 2013 e LibreOffice 5); Sistemas Operacionais (versões Windows 7, 8 e 10); Planilhas Eletrônicas; Processadores de Texto; Correio Eletrônico; Navegação em Páginas; Ferramentas de Busca; Redes Sociais; Armazenamento e Processamento nas Nuvens.

Direito istrativo

Na matéria de Direito istrativo, a especialista Daiane Soares destaca que “independentemente do cargo, todos serão servidores da sociedade através do IAP e, portanto, precisam ter alguns conhecimentos sobre o governo brasileiro”. De acordo com a professora, para todos os cargos que estarão em disputa é possível que seja exigido conhecimentos do Estatuto dos Funcionários Civis do Poder Executivo do estado do Paraná, a Lei Estadual n.º 6.174 de 16 de novembro de 1970. A docente também defende que os candidatos podem adiantar seus estudos com algumas matérias básicas de Direito istrativo, tais como os princípios básicos da istração pública, os poderes istrativos, os atos istrativos, noções de licitações e a Lei de Improbidade istrativa.

Direito Ambiental

As atividades de IAP estão ligadas à preservação do meio ambiente dentro do estado do Paraná. Portanto, nada mais natural de se pensar que o edital do concurso traga um programa com normas de direito ambiental, sendo mais sucinto ou mais extenso, dependendo do cargo pretendido. Tomando como exemplo os últimos concursos do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), podemos separar uma lista básica de normas aplicáveis a todos os candidatos independentemente da função a exercer, seja de nível médio ou superior. Destacamos a Lei Federal n.º 6.938 de 31 de agosto de 1981 que dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente, a Lei Federal n.º 9.605 de 12 de fevereiro de 1998 que trata dos crimes contra o meio ambiente, a Lei Complementar Federal n.º 140 de 8 de dezembro de 2011 que trata da cooperação entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios nas ações istrativas para a proteção do meio ambiente,  a Lei Federal n.º 12.651 de 25 de maio de 2012 que dispõe sobre a proteção da vegetação nativa, a Lei Federal n.º 11.428 de 22 de dezembro de 2006 que dispõe sobre a utilização e proteção da vegetação nativa do Bioma Mata Atlântica e, também, a Lei Federal n.º 5.197 de 3 de janeiro de 1967 que trata sobre a proteção à fauna.

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