Veja quem são os citados por Moraes na decisão que torna os depoimentos públicos: 2124v

Por outro lado, os depoimentos prestados pelo ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, o tenente-coronel Mauro Cid, dentro do acordo de delação premiada, não foram liberados por Moraes.

Dos 27 depoimentos liberados por Moraes nesta sexta (15), 14 utilizaram o direito ao silêncio e não prestaram esclarecimentos ao STF:

As declarações assinadas tiveram um tom semelhante à de Bolsonaro, que assinou o termo de ciência que "caso tenha envolvimento com os fatos criminosos investigados, tem o direito de permanecer em silêncio, de não produzir provas contra si mesmo e de ser assistido por um advogado".

"Respondeu QUE está ciente e compreendeu os direitos que possui para a prática deste ato; QUE se reserva ao direito constitucional de se manter em silêncio; QUE, por ocasião deste ato, promove a entrega de uma petição, a partir da qual também manifesta o direito ao silêncio", afirma o documento da PF.

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Como foi a operação que levou aos depoimentos 94x3a

No dia da deflagração da operação Tempus Veritatis, a Polícia Federal cumpriu 37 mandados de prisão, busca e apreensão, e 48 medidas cautelares em nove estados e no Distrito Federal. Bolsonaro foi alvo com a determinação para a entrega do aporte às autoridades.

Entre os aliados do ex-presidente alvos da PF na operação, estavam os ex-ministros Walter Braga Netto (Casa Civil), Augusto Heleno (GSI), Anderson Torres (Justiça) e Paulo Sérgio Nogueira (Defesa), o ex-ajudante de ordens Marcelo Câmara, os ex-assessores Filipe Martins e Tercio Arnaud Thomaz, entre outros.

Foram envolvidos, ainda, os militares almirante Almir Garnier Santos, ex-comandante-geral da Marinha que se recusou a participar da posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT); o general Estevan Teóphilo Gaspar de Oliveira, ex-chefe do Comando de Operações Terrestres do Exército; e o coronel reformado do Exército, Ailton Barros.

O presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, também está na mira da PF. A sede nacional do partido foi alvo de busca e apreensão e ele foi detido por posse irregular de arma de fogo.

Os alvos da operação foram determinados a partir da delação do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid, preso em maio do ano ado durante a investigação da inserção de dados falsos de vacinação contra a Covid-19 no cartão de vacinação do ex-presidente.