Veja quem são os citados por Moraes na decisão
que torna os depoimentos públicos: 2124v
- Jair Bolsonaro (PL): ex-presidente da República, mas ficou em silêncio durante o depoimento segundo informou a defesa;
- Valdemar Costa Neto: presidente nacional do PL, respondeu às perguntas feitas pela PF no depoimento;
- Walter Souza Braga Netto: ex-ministro da Defesa e candidato a vice na chapa de Bolsonaro à reeleição em 2022;
- Augusto Heleno Ribeiro Pereira: ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) do governo de Bolsonaro;
- Anderson Gustavo Torres: ex-ministro da Justiça do governo de Bolsonaro, também respondeu as perguntas feitas pela PF;
- Paulo Sérgio Nogueira De Oliveira: ex-ministro da Defesa do governo de Bolsonaro;
- Carlos De Almeida Baptista Junior: ex-comandante da Aeronáutica;
- Marco Antonio Freire Gomes: ex-comandante do Exército;
- Almir Garnier Santos: ex-comandante da Aeronáutica;
- Ailton Gonçalves Moraes Barros: advogado e militar reformado do Exército;
- Amauri Feres Saad: advogado citado como autor da suposta minuta que decretava estado de defesa no país;
- Angelo Martins Denicoli: major da reserva do Exército;
- Bernardo Romão Correa Netto: coronel do Exército;
- Estevam Cals Theophilo Gaspar De Oliveira: ex-comandante do Comando de Operações Terrestres do Exército (Coter);
- Cleverson Ney Magalhães: coronel ex-oficial do Comando de Operações Terrestres do Exército (Coter);
- Guilherme Marques Almeida: coronel e ex-oficial do Comando de Operações Terrestres do Exército (Coter);
- Helio Ferreira Lima: tenente-coronel ex-ajudante de ordens de Bolsonaro;
- Mario Fernandes: comandante da reserva do Exército e ex-chefe substituto da Secretaria-Geral do governo Bolsonaro;
- Marcelo Costa Câmara: general do Exército;
- Rafael Martins de Oliveira: tenente-coronel do Exército;
- Ronald Ferreira de Araújo Júnior: oficial do Exército;
- Sérgio Ricardo Cavaliere de Medeiros: major do Exército;
- Laércio Vergílio: coronel reformado do Exército;
- Filipe Garcia Martins Pereira: ex-assessor de Bolsonaro;
- Tercio Arnaud Tomaz: ex-assessor de Bolsonaro;
- José Eduardo de Oliveira e Silva: padre da diocese de Osasco;
- Eder Lindsay Magalhães Balbino: empresário.
Por outro lado, os depoimentos prestados pelo ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, o tenente-coronel Mauro Cid, dentro do acordo de delação premiada, não foram liberados por Moraes.
Dos 27 depoimentos liberados por Moraes nesta sexta (15), 14 utilizaram o direito ao silêncio e não prestaram esclarecimentos ao STF:
- Ailton Gonçalves Moraes Barros;
- Almir Garnier Santos;
- Amauri Feres Saad;
- Angelo Martins Denicoli;
- Augusto Heleno;
- Walter Braga Netto;
- Helio Ferreira Lima;
- Jair Bolsonaro;
- José Eduardo de Oliveira e Silva;
- Marcelo Costa Câmara;
- Mario Fernandes;
- Paulo Serio Nogueira de Oliveira;
- Rafael Martins de Oliveira;
- Ronald Ferreira de Araújo Junior.
As declarações assinadas tiveram um tom semelhante à de Bolsonaro, que assinou o termo de ciência que "caso tenha envolvimento com os fatos criminosos investigados, tem o direito de permanecer em silêncio, de não produzir provas contra si mesmo e de ser assistido por um advogado".
"Respondeu QUE está ciente e compreendeu os direitos que possui para a prática deste ato; QUE se reserva ao direito constitucional de se manter em silêncio; QUE, por ocasião deste ato, promove a entrega de uma petição, a partir da qual também manifesta o direito ao silêncio", afirma o documento da PF.
Como foi a operação que levou aos depoimentos 94x3a
No dia da deflagração da operação Tempus Veritatis, a Polícia Federal cumpriu 37 mandados de prisão, busca e apreensão, e 48 medidas cautelares em nove estados e no Distrito Federal. Bolsonaro foi alvo com a determinação para a entrega do aporte às autoridades.
Entre os aliados do ex-presidente alvos da PF na operação, estavam os ex-ministros Walter Braga Netto (Casa Civil), Augusto Heleno (GSI), Anderson Torres (Justiça) e Paulo Sérgio Nogueira (Defesa), o ex-ajudante de ordens Marcelo Câmara, os ex-assessores Filipe Martins e Tercio Arnaud Thomaz, entre outros.
Foram envolvidos, ainda, os militares almirante Almir Garnier Santos, ex-comandante-geral da Marinha que se recusou a participar da posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT); o general Estevan Teóphilo Gaspar de Oliveira, ex-chefe do Comando de Operações Terrestres do Exército; e o coronel reformado do Exército, Ailton Barros.
O presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, também está na mira da PF. A sede nacional do partido foi alvo de busca e apreensão e ele foi detido por posse irregular de arma de fogo.
Os alvos da operação foram determinados a partir da delação do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid, preso em maio do ano ado durante a investigação da inserção de dados falsos de vacinação contra a Covid-19 no cartão de vacinação do ex-presidente.