Para o cientista político e diretor da Action Consultoria, João Henrique Hummell, o panorama pós-acordo de governo e setores econômicos continua desafiador para as relações entre o Executivo e o Legislativo. Isso porque ambos os poderes ainda precisam chegar a um consenso sobre as prioridades de gastos públicos, especialmente diante da necessidade de compensações para sustentar a desoneração total deste ano, recuando gradualmente até 2028. Ele destaca a tendência de o governo determinar o que é prioritário, mas questiona como será possível criar programas sociais sem tirar recursos de outras áreas.
O analista ainda sugere que o Legislativo poderia resolver a questão por meio de um projeto de lei realocando recursos de programas já estabelecidos na lei orçamentária, como o de incentivo aos artistas, para compensar a desoneração da folha de pagamento. No entanto, há uma aparente relutância nesse sentido. Por fim, o especialista alerta que o recente acordo feito com Lula em relação às emendas parlamentares pode sofrer abalos, afetando a comunicação institucional nos próximos dois anos.
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