A universidade indica que o edital é aberto a projetos de pesquisa e análise de diversas áreas – por exemplo, a prospecção da economia após as medidas de isolamento, o rearranjo e a interpretação das normas jurídicas que o período de crise trouxe, ou como a psicologia poderá ajudar nas relações humanas após a quarentena. Ao contrário do que ocorre em boa parte dos projetos apoiados por universidades estrangeiras, no entanto, o estudo selecionado não precisa ter um enfoque local. Pode ser nacional ou internacional. “Queremos um caráter interdisciplinar e transversal do conhecimento. Que tudo isso forme um conjunto de reflexões e possa contribuir com a sociedade”, aponta Fonseca. 6n4lv

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Apesar de só agora estarem estudando a pós-pandemia, as universidades públicas têm prestado um serviço essencial no atendimento emergencial à crise do coronavírus, defende o reitor da UFPR. “Elas têm feito diferença. Estão ressignificando seu papel na sociedade, seu protagonismo e essencialidade”, diz Fonseca. “Em um primeiro momento, as universidades se dedicaram a questões biomédicas e de pesquisa relacionados ao vírus. A própria UFPR potencializou, por exemplo, a produção de álcool, de álcool em gel, de máscaras e outros equipamentos hospitalares. Estivemos empenhados em testes e coisas que dizem respeito a georreferenciamento e análises numéricas sobre avanço do vírus”, diz.

A Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTPR), por exemplo, contabilizou 107 projetos relacionados ao combate ao coronavírus. Entre eles, criou um modelo de respirador – aparelho fundamental nas UTIs – de baixo custo. Enquanto um equipamento de mercado sai a, pelo menos, R$ 30 mil, o desenvolvido nos laboratórios da universidade custa perto de R$ 700. “Nossa intenção é apoiar as atividades e as pesquisas que possam ajudar no combate à Covid-19, fazendo com que as soluções cheguem à sociedade em curto espaço de tempo", disse o reitor Luiz Alberto Pilatti em comunicado. É uma união que poderá tornar o período menos traumático. “Sem ciência e universidade, estaríamos perdidos”, destaca Ricardo Fonseca.

Confira a evolução dos casos de coronavírus no Paraná.

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