“Somos um hospital público e não temos interesse em enganar a população ou esconder a gravidade da situação. Tudo o que ocorre aqui é relatado às autoridades de saúde e fica à disposição da imprensa, não há necessidade de a população buscar informações por outros meios”, declara. 4591n
O médico pede ainda à população que não vá diretamente ao Hospital do Trabalhador para procurar atendimento: “o hospital é referência para que as unidades de saúde mandem os casos graves, não para o público em geral fazer consultas. Não podemos gastar nossa energia em triagem, por favor, não procurem o Hospital do Trabalhador”.
Nesta terça-feira (24), 12 novos leitos de enfermaria em isolamento e outros 12 de UTI foram abertos no Centro Hospitalar de Reabilitação (CHR), que fica no Cabral, e faz parte da estrutura do Hospital do Trabalhador. Estes locais também serão destinados ao atendimento de pacientes com Covid-19. Segundo Souza Júnior, mais 14 leitos de UTI e 14 de enfermaria serão abertos até a próxima sexta, também com este propósito.
A expectativa, segundo ele, é de um aumento no número de casos nas próximas semanas. “O problema com a Covid-19 é que esses leitos não giram muito. Enquanto um paciente de trauma permanece três ou cinco dias na UTI, os com crise respiratória precisam ficar de duas a três semanas”.
O médico diz ainda que a situação dos insumos, como máscaras, luvas e aventais para atendimento dos doentes permanece sob controle. “Temos de 7 a 10 dias de tranquilidade pela frente, e já estamos em contato com fornecedores para as próximas semanas”.
Ainda segundo o diretor, a instituição foi escolhida como referência inicial por conta da experiência histórica com casos de infecção. O Hospital do Trabalhador funcionou por quase 30 anos como sanatório para pacientes com tuberculose. Nos anos 80, foi referência no atendimento a casos de Aids no Paraná. “Nossos infectologistas têm essa expertise, o que permite que se adaptem rápido a novas doenças”, diz.
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