Enquanto isso, as atividades do IML de Ponta Grossa, que conta com 14 profissionais e presta serviços para 28 municípios da região, são realizadas em situação precária. Corpos em estado de putrefação avançado, sem condições de serem recebidos nos contêineres, são transferidos para a unidade de Curitiba, a cerca de 115 km de distância.

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Projeto

Segundo a arquiteta Nisiane Madalozzo, diretora de planejamento físico da Pró-reitoria de Planejamento da instituição, o projeto arquitetônico já está pronto. No momento, está em redação o texto da licitação, que contemplará aspectos complementares, como de instalação elétrica e hidráulica. “Estamos testando uma nova forma de contratação, que prevê todos os custos com precisão para não haver uma série de aditivos no contrato posteriormente, como costuma acontecer”, explica.

O projeto foi desenvolvido em conjunto entre Nisiane e o arquiteto da Polícia Científica, Michel Rodrigues, e é baseado no prédio da sede do IML em Curitiba, localizada no bairro Tarumã. A diferença é que prevê uma complexidade menor, adequada às necessidades regionais, além de incluir o Centro de Estudos Anatômicos.

“Serão duas alas, ligadas por um corredor”, explica a arquiteta. Situações delicadas, como exames de corpo de delito e reconhecimento de cadáveres por familiares, serão preservadas. “Tivemos uma grande preocupação com os fluxos de pessoas”, conta Nisiane.

A ala voltada às atividades acadêmicas terá o exclusivo para estudantes e contará com salas de aula, auditório, refeitório, além de espaços específicos para estudos de anatomia, dissecações e necropsia.

O projeto foi apresentado no fim de março em uma reunião do reitor, Miguel Sanches Neto, e do vice-reitor, Everson Krum, com o prefeito de Ponta Grossa, Marcelo Rangel (PSDB), o secretário da Segurança Pública e istração Penitenciária, Luiz Felipe Kraemer Carbonell, e o diretor geral da Polícia Científica, Leon Grupenmacher.

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