De acordo com o diretor-presidente, além da limpeza, destacada por operadores e ageiros que aram pelo local, é preciso manter o esforço conjunto dos governos para consolidar a cidade como rota dos cruzeiros e seguir atraindo o interesse pela cidade. “Conseguimos demonstrar para as companhias que temos condições, que eles podem usufruir do porto sem transtornos aos ageiros. Mas isso não faz uma atração imediata. Se a gente não consolidar essa rota, de nada adianta. Tem que escutar o mercado”. 37504t

Além do atracadouro na Ilha do Mel, Silva explica que também existem projetos para uma nova área de embarque e desembarque de ageiros na área portuária, mas em uma região separada do cais de carga. “É outra ação planejada, mas vai depender de uma demanda. Há uma área especifica para a construção de um receptivo pra navios turísticos, tal qual existe em Santos, no Rio de Janeiro, afastada da área operacional, que teria maior conforto, para Paranaguá e o Paraná não serem uma rota apenas de parada, mas de permanência também”, disse.

Concorrência de Balneário Camboriú 2f1f2u

Além de Santos, o maior terminal de ageiros do Brasil, que fica a cerca de 300 km de Paranaguá, um novo empreendimento em Balneário Camboriú, no litoral norte de Santa Catarina, poderia ser um concorrente ao litoral do estado.

Lá, será construído o primeiro porto exclusivamente para navios de ageiros do Brasil. Batizado de BC Port, o empreendimento foi autorizado em setembro do ano ado pelo governo federal, por meio do Ministério do Turismo, e promete atrair ao menos cinco transatlânticos à cidade. Serão, de acordo com as projeções do ministério, R$ 312 milhões investidos no projeto, que deve trazer 300 mil turistas à região, gerando cerca de R$ 2 bilhões em receitas.

Mesmo com esses dois atrativos próximos, o diretor não entende que haja perda de trajetos, ao contrário, afirma que isso poderá ser mais um atrativo para que mais cruzeiros em pelo Paraná. “É uma coisa conjunta, os atrativos são as paradas, os cruzeiros precisam andar na costa brasileira. Não vemos isso como uma concorrência, é um complemento”.

Conforme ele, as ações feitas no porto de Paranaguá se somam a diversos esforços do governo do Paraná e da Prefeitura de Paranaguá para atrair os turistas e as rotas marítimas, à exemplo do que está sendo feito no litoral do estado vizinho. “Eles estão melhorando as condições pra pararem lá, e nós, com as ações conjuntas que temos feito, estamos tentando fazer a mesma coisa, para que as rotas voltem a ar por aqui”, decretou.

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