A XP Investimentos avalia que o setor de serviços continuará crescendo no curto prazo, embora de forma moderada. Dois fatores pesam para isso, diz o economista Rodolfo Margato: a dissipação dos impulsos pós-Covid e a acomodação das condições do mercado de trabalho.

Para o varejo, a expectativa é de crescimento modesto. O economista da XP ressalta que a demanda doméstica segue em trajetória de desaceleração, motivada pelo mercado de crédito apertado e a situação mais acomodada do emprego e da renda. “As atividades varejistas que continuam em alta refletem o recuo da inflação, a maior renda disponível às famílias e medidas de estímulo do governo”, diz.

Segundo o banco MUFG Brasil, a indústria continuará sofrendo altas e baixas, motivadas pelo desempenho divergente entre os seus segmentos. A maioria deles tem operado com estoques excessivos devido à demanda relativamente fraca, o que limita a expansão da produção industrial.

A indústria também é penalizada pelo alto nível de endividamento das empresas e das famílias. O cenário externo permanecerá desafiador com a desaceleração econômica global, o que prejudica as exportações.

Relatório regional do Banco do Brasil mostra que estados como Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo tiveram sua indústria afetada pelo aperto monetário, pois concentram a produção de bens duráveis.

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Os estados que mais crescem em quatro grandes setores

Variação dos indicadores em 12 meses. Fontes: IBGE e Ministério da Agricultura

VAREJO - Volume de vendas no comércio varejista ampliado

SERVIÇOS - Volume de prestação de serviços

INDÚSTRIA - Produção física industrial

AGROPECUÁRIA - Valor bruto da produção

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