Embora os dois novos produtos tenham origem vegetal, Molico e Ninho plant based possuem formulações diferentes e voltadas a públicos específicos. O primeiro foi desenvolvido para adultos que buscam uma alternativa nutritiva ao leite de origem animal, enriquecido com cálcio, fibras, vitaminas e minerais essenciais para a reposição dos nutrientes perdidos ao longo do dia. O preparado tem, ainda, 7 gramas de proteínas por porção, segundo a marca.
Já o segundo é voltado às crianças, com uma combinação de grãos, cereais e vitaminas semelhantes aos encontrados no leite de origem animal.
Outros produtos da Nestlé feitos de plantas têm sido lançados desde 2017, com investimentos em desenvolvimento na ordem de R$ 15 milhões, como Ninho Forti+ Vegetal, Nature’s Heart e Nesfit de aveia e arroz integral.
Tendência crescente
A investida da Nestlé no desenvolvimento de alimentos de origem vegetal faz parte de um grande movimento de outras multinacionais alimentícias em um mercado que já fatura cerca de US$ 450 bilhões (R$ 2,5 trilhões) em todo o mundo, segundo a consultoria de inteligência CB Insights.
Só no Brasil, segundo a Euromonitor, o faturamento de alimentos plant based ultraa os US$ 30 bilhões (R$ 166 bilhões) ao ano. Já a consultoria Kantar Worldpanem aponta que 27% dos brasileiros dizem estar reduzindo o consumo de proteína animal e buscando alternativas alimentares.
Além delas, a marca paranaense Caldo Bom lançou recentemente uma linha de misturas para o preparo de almôndegas, hambúrgueres e quibes feitos de grãos como feijão, lentilha e ervilha. O desenvolvimento dos produtos teve um investimento de R$ 650 mil, também de olho na crescente busca dos brasileiros por alimentos plant based.